A Visita...(terceira parte)
 |
pexels-visual-stories-%20-micheile-5782535.jpg
|
Tudo
pronto na sala, fui até a cozinha e também estava quase tudo
pronto, fui até o jardim colhi algumas flores e coloquei no vaso em
cima da mesa da sala. Pronto! Estava quase tudo no lugar! Papai
corria na cozinha para que tudo ficasse a contento, então resolvi
dar um banho no Bilu, pois ele deveria estar limpo e cheiroso para
receber os afagos das visitas. Peguei uma bacia e Buli já corria de
mim pelo quintal, ele não gostava de banho, mas consegui pegá-lo,
nossa como foi difícil! Em pouco tempo ele estava cheio de espuma
sentado na bacia, um tanto contrariado. Quando terminei coloquei–o
no sol sentado na toalha, para que secasse. Ele ficou muito cheiroso!
Papai anunciou que logo a visita chegaria, então fui tomar meu banho
e me aprontar. Enquanto isso, ele terminou tudo e arrumou a mesa, que
ficou linda e apetitosa. Nesse instante tocou a campainha!
 |
pexels-tobias-bj%C3%B8rkli-2360684.jpg
|
Corri
para o portão para ver quem era e para minha surpresa havia no
portão uma linda moça, de pele clara, cabelos lisos pretos na
altura da cintura, tinha os olhos grandes e escuros e um belo
sorriso. Vestia um vestido suave, que com o vento fazia pequenos
movimentos, como se dançassem carinhosamente junto ao seu corpo.
Fiquei alguns segundos fitando aquela pessoa e com olhar curioso ela
me perguntou:
_Bom
dia menina! É aqui que mora Sr. Ernesto Cesário?
_Sim
Sim! Respondi, abrindo o portão, mas a moça pediu–me que o
chamasse.
Ela
olhou tudo e acho que gostou, pois deu um sorriso ao olhar o velho
casarão e foi logo dizendo!
_Bela
casa, com essas janelas grandes, deve entrar bastante sol junto com a
brisa fresca que está hoje!
Respondi
que o casarão apesar de antigo, era muito bom de se morar, era
amplo, arejado e fazia parte dos poucos casarões antigos a rua
Bambina, um dos poucos que não foram demolidos. Expliquei que papai
sempre que podia fazia pequenas reformas, mas procurava mantê-lo
original e bem ornamentado como uma construção de época
necessitava, para não perder suas características próprias.
Tínhamos orgulho de morar ali, apesar dos grandes edifícios
modernos que cercavam o velho casarão. Como o nosso, outros casarões
também persistiam em contar a história da rua Bambina.
 |
pexels-chelsea-cook-2929910.jpg
|
Logo
papai apareceu e fez com que Joana Flores, este era o nome dela,
entrasse pelo pequeno portão, que tinha um rangido conhecido e
funcionava como uma espécie de alarme, dando boas vindas às visitas
e nos avisando de possíveis intrusos. Nunca trancávamos o portão,
era um tempo tranquilo em que se podia deixar portas e janelas
abertas, pois só entravam o sol e o vento sem pedirem licença.
Papai
conduziu Joana até o interior do casarão e percebi que ficara
surpresa ao ver a arrumação, as flores sobre a mesa da sala, o
cheiro que vinha da cozinha e tudo mais. Já na sala papai nos contou
que Joana era uma boa amiga e muito especial, queria que nós a
conhecêssemos.
continua...