sexta-feira, 15 de outubro de 2021

O Casarão da Rua Bambina (cap.3)

  A Visita...(terceira parte)

pexels-visual-stories-%20-micheile-5782535.jpg

     

    Tudo pronto na sala, fui até a cozinha e também estava quase tudo pronto, fui até o jardim colhi algumas flores e coloquei no vaso em cima da mesa da sala. Pronto! Estava quase tudo no lugar! Papai corria na cozinha para que tudo ficasse a contento, então resolvi dar um banho no Bilu, pois ele deveria estar limpo e cheiroso para receber os afagos das visitas. Peguei uma bacia e Buli já corria de mim pelo quintal, ele não gostava de banho, mas consegui pegá-lo, nossa como foi difícil! Em pouco tempo ele estava cheio de espuma sentado na bacia, um tanto contrariado. Quando terminei coloquei–o no sol sentado na toalha, para que secasse. Ele ficou muito cheiroso! Papai anunciou que logo a visita chegaria, então fui tomar meu banho e me aprontar. Enquanto isso, ele terminou tudo e arrumou a mesa, que ficou linda e apetitosa. Nesse instante tocou a campainha!

pexels-tobias-bj%C3%B8rkli-2360684.jpg

     

    Corri para o portão para ver quem era e para minha surpresa havia no portão uma linda moça, de pele clara, cabelos lisos pretos na altura da cintura, tinha os olhos grandes e escuros e um belo sorriso. Vestia um vestido suave, que com o vento fazia pequenos movimentos, como se dançassem carinhosamente junto ao seu corpo. Fiquei alguns segundos fitando aquela pessoa e com olhar curioso ela me perguntou:

_Bom dia menina! É aqui que mora Sr. Ernesto Cesário?

_Sim Sim! Respondi, abrindo o portão, mas a moça pediu–me que o chamasse.

Ela olhou tudo e acho que gostou, pois deu um sorriso ao olhar o velho casarão e foi logo dizendo!

_Bela casa, com essas janelas grandes, deve entrar bastante sol junto com a brisa fresca que está hoje!

    Respondi que o casarão apesar de antigo, era muito bom de se morar, era amplo, arejado e fazia parte dos poucos casarões antigos a rua Bambina, um dos poucos que não foram demolidos. Expliquei que papai sempre que podia fazia pequenas reformas, mas procurava mantê-lo original e bem ornamentado como uma construção de época necessitava, para não perder suas características próprias. Tínhamos orgulho de morar ali, apesar dos grandes edifícios modernos que cercavam o velho casarão. Como o nosso, outros casarões também persistiam em contar a história da rua Bambina.

pexels-chelsea-cook-2929910.jpg

    

    Logo papai apareceu e fez com que Joana Flores, este era o nome dela, entrasse pelo pequeno portão, que tinha um rangido conhecido e funcionava como uma espécie de alarme, dando boas vindas às visitas e nos avisando de possíveis intrusos. Nunca trancávamos o portão, era um tempo tranquilo em que se podia deixar portas e janelas abertas, pois só entravam o sol e o vento sem pedirem licença.

    

      Papai conduziu Joana até o interior do casarão e percebi que ficara surpresa ao ver a arrumação, as flores sobre a mesa da sala, o cheiro que vinha da cozinha e tudo mais. Já na sala papai nos contou que Joana era uma boa amiga e muito especial, queria que nós a conhecêssemos.

 continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário